Realiza-se, no dia 3 de dezembro
de 2019, no Centro Universitário Fé e Cultura (Aveiro), às 21.30h., sessão de
apresentação do livro ‘Bem-nascido… Mal-nascido…’, da autoria de Luís Manuel Pereira
da Silva (notas biográficas abaixo).
A sessão iniciará com momento
musical de grande simbologia, dado que será interpretada, por Bernardo Gomes, uma
obra de Francesco Landini, um compositor cego do século XIV. Com este
momento, pretende o autor homenagear os verdadeiros protagonistas deste ensaio:
a deficiência e as pessoas que se encontram particularmente marcadas por esta
condição. Também a data escolhida para a realização desta sessão – 3 de
dezembro, dia internacional das pessoas com deficiência – está marcada por esta
simbologia.
A obra será apresentada por Walter Osswald (Professor Catedrático
jubilado da Faculdade de Medicina do Porto e autor do prefácio), João Manuel Duque (Diretor do Centro
Regional da Universidade Católica – Braga e autor do posfácio) e António Jorge Ferreira (editor da Tempo
Novo Editora).
Opções simbólicas da capa e
título
O autor de «Bem-nascido…
Mal-nascido…», ao optar pela grafia ‘deficiente’ de «mal-nascido» (em vez de
«malnascido»), propõe-se, por um lado, destacar ‘mal’, criando contraponto com
‘bem’, e antecipa, com esta opção, o conteúdo sobre o qual se reflete, neste
ensaio: a condição imperfeita da humanidade, tão vulnerável às decisões dos
que, perante a fragilidade, cedem à sedução do paradigma eugénico.
«Bem-nascido… Mal-nascido…» reflete sobre a tão desejada mas sempre impossível
perfeição e os reais filhos marcados pela omnipresente imperfeição, imperfeição
discretamente denunciada, também, nas aspas ‘deficientes’ que envolvem ‘filho
perfeito”.
A força simbólica do malmequer
que se desfolha, aplicada à condição da deficiência nas sociedades atuais, é
tão impressiva que a nenhum leitor atento deixará de comover e inquietar.
Breve apresentação do livro
‘Bem-nascido… Mal-nascido…’
A obra agora editada parte da
reflexão realizada no contexto do Mestrado em Bioética, concretizado no
Instituto de Bioética da UCP – Porto, com acrescentos posteriores que conferem
particular atualidade às ideias aqui apresentadas. É, ainda, uma obra em que o
autor cria: cria ideias novas e novos termos, procurando, deste modo, desbravar
novas vias para uma bioética de matriz personalista.
Muitas são as interrogações a que
se propõe responder este livro:
‘O que diz sobre nós a
deficiência? O que diz sobre quem somos a nossa atitude ética perante a pessoa
com deficiência? Porque é difícil encontrar consensos em ética? Assistimos ao
emergir de um paradigma eugénico? Que retórica adota a comunicação social sobre
a deficiência e o que nos dizem os seus silêncios e a suas opções de destaque?
Temos uma legislação com marcas de eugenismo? E o que nos diz a história sobre
os riscos de um vertigem eugenística, consequência do efeito de ‘rampa
deslizante’? Que ideia de liberdade pressupomos quando nos permitimos eliminar
os mais frágeis de entre nós?’
Esta é uma obra que enfrenta, com coragem e de forma
‘brilhante e […] irrefutável’ (prefácio), os desafios que a deficiência coloca à
condição humana, reconhecendo naquela a marca da nossa própria humanização, ou,
como bem recorda João Manuel Duque, no posfácio, ‘a verdade e a grandeza da
humanidade reside, precisamente, no reconhecimento livre das suas limitações,
que significam a experiência da vulnerabilidade.’
De forma lapidar, Walter Osswald, no prefácio, descreve
esta obra como uma ‘bela contribuição […]: ao ganho ético que a sua leitura nos
proporciona, dado o seu caráter verdadeiramente inovador, adiciona-se o prazer
de nos familiarizarmos com um texto solidamente construído e literariamente
sedutor.’
Esta edição é solidária,
revertendo um euro da venda de cada livro para duas instituições: APCDI
(Associação Pro-Cidadão Deficiente integrado – Pessegueiro do Vouga) e
ADAV-Aveiro (Associação de Defesa e Apoio da Vida).
Breve biografia do autor (mais
notas abaixo)
Licenciado em Teologia (UCP),
Mestre em Bioética (UCP), Professor de EMRC. Preside à comissão diocesana da
cultura de Aveiro. Participa em conferências, debates e outras iniciativas,
dedicadas a matérias de educação, teologia e bioética. Publica, regularmente,
artigos de opinião em revistas e jornais, debruçando-se sobre as matérias em
que se especializou. É casado com Cláudia Macedo e pai do João José e da Maria
Marta.
Publicou, em 2004, «Teologia,
ciência e verdade – condições para a definição do estatuto epistemológico da
Teologia, segundo o pensamento de Wolfhart Pannenberg».
É um dos autores convidados para
a obra coletiva, Portugal Católico,
com artigo sobre A Educação Moral e Religiosa Católica nas escolas. Livro
coordenado por José Eduardo Franco e José Carlos Seabra Pereira, com edição do
Círculo de Leitores/Temas e Debates.
Coordenou, entre 2007 e 2011, a
equipa que elaborou os manuais (de que é coautor) do ensino secundário de EMRC,
editados pela Fundação SNEC:
O autor
Biografia
Luís Manuel Pereira da Silva
nasceu na região de Champagne, em França, na cidade de Epernay, tendo vivido a
sua infância em Pessegueiro do Vouga.
Frequentou os Seminários de Santa
Joana Princesa, em Aveiro, e da Sagrada Família, em Coimbra, de que guarda
marcantes e gratas memórias.
Licenciou-se em Teologia pela
Universidade Católica Portuguesa (UCP), com tese sobre o estatuto
epistemológico da Teologia segundo o pensamento de Wolfhart Pannenberg. (17
valores)
Obteve, no Instituto de Bioética
da UCP, pós-graduação e mestrado em Bioética, avaliados com menção de «Summa Cum Laude» (19 valores).
É professor de EMRC no
Agrupamento de Escolas de Albergaria-a-Velha e foi, durante 10 anos, professor
em Sever do Vouga.
Foi membro da direção do
Instituto Superior de Ciências Religiosas de Aveiro (2008-2014), coordenando
tertúlias, simpósios, exposições, ciclos de cinema, participando na criação do
prémio «Póvoa dos Reis – cientista e padre», entre outras iniciativas. Foi
docente e formador neste Instituto de Ciências Religiosas e professor convidado
no Instituto Superior de Estudos Teológicos (Coimbra), em 2005-2006. Integra o
corpo docente do Centro de Formação D. António Marcelino, lecionando no Curso
Básico teológico-pastoral.
É autor de manuais escolares de
EMRC, a convite do Secretariado Nacional da Educação Cristã.
É sócio fundador da ADAV-Aveiro
(Associação de Defesa e Apoio da Vida), a que preside, desde 2009, tendo
coordenado a edição do livro «A vida conta… branco no preto».
Preside, desde dezembro de 2015,
à Comissão Diocesana da Cultura – Aveiro. Integrou a equipa nacional da Acção
Católica Rural. É coordenador do pólo de Aveiro do Centro de Estudos de
Bioética. Foi membro da Comissão Diocesana «Justiça e Paz», entre 2005 e 2009.
Foi, em 2002, delegado juvenil nacional ao Simpósio dos Bispos Europeus,
realizado em Roma.
Tem recebido prémios, enquanto
professor, entre os quais, o prémio nacional «Escola Ativa», atribuído pela
Associação Bandeira Azul Europeia, enquanto coordenador, na Escola Secundária
de Sever do Vouga, do projeto «Jovens Repórteres para o Ambiente»; o prémio
distrital «Escola Alerta», atribuído pelo Instituto Nacional para a
Reabilitação, pela coordenação de projeto escolar inovador na área da
integração de pessoas portadoras de deficiência; «Bíblia Moov Jovem»,
atribuído, pela Sociedade Bíblica, aos filmes «Emilagrando» (2017) e «Noé –
acque di Dio» (2018), enquanto coordenador do projeto com o professor Paulo
Calhau.
Participa em conferências,
debates e outras iniciativas, dedicadas a matérias de educação, teologia e
bioética. Publica, regularmente, artigos de opinião em revistas e jornais,
debruçando-se sobre as matérias em que se especializou.
É casado com Cláudia Macedo e pai
do João José e da Maria Marta.
Bibliografia
Publicou, em 2004, «Teologia,
ciência e verdade – condições para a definição do estatuto epistemológico da Teologia,
segundo o pensamento de Wolfhart Pannenberg».
É um dos autores convidados para
a obra coletiva, Portugal Católico,
com artigo sobre A Educação Moral e
Religiosa Católica nas escolas. Livro coordenador por José Eduardo Franco e
José Carlos Seabra Pereira, com edição do Círculo de Leitores/Temas e Debates.
Coordenou, entre 2007 e 2011, a
equipa que elaborou os manuais (de que é coautor) do ensino secundário de EMRC,
editados pela Fundação SNEC:
- Política, ética e Religião;
- Valores e ética Cristã;
- Os novos movimentos religiosos;
- Igualdade de oportunidades;
- Amor e sexualidade;
- A Arte cristã;
- A civilização do amor;
- A dignidade do trabalho;
- A comunidade dos crentes em
Cristo.
Em 2014, redigiu, em coautoria,
quatro novas unidades letivas, editadas pela Fundação SNEC:
- Política, ética e Religião;
- Valores e ética Cristã;
- A civilização do amor;
- Ética e economia.
Coordenou e prefaciou a edição do
livro «A vida conta… branco no preto», em 2005, publicado pela editora Tempo
Novo.
Foi coordenador, enquanto
presidente da Comissão Diocesana da Cultura, da edição da peça de teatro
«Fracassos da Corte», obra do século XVII, desaparecida e inédita em português,
dedicada a Santa Joana Princesa. Publicação da editora Tempo Novo, em maio de 2017.
Foi diretor da revista de
teologia Dabar e fundou a revista Signum, tendo sido o seu primeiro
diretor. Integrou o conselho redatorial da revista Práxis. Integra o conselho redatorial da revista «Igreja
Aveirense», onde tem artigos publicados. Coordena as publicações no site da
Comissão Diocesana da Cultura, http://diocese-aveiro.pt/cultura/
Tem mais de cem artigos
publicados nas revistas Dabar, Signum, Theologica, Práxis, Ensaios de Bioética, Estudos Teológicos,
Mundo Rural, etc., e nos jornais Terras
do Vouga, Correio do Vouga, entre
outros, repercutindo parte destas reflexões no seu blogue www.teologicus.blogspot.com.
É coautor do guião de animadores Faz-te ao caminho (para animadores de
grupos juvenis da ACR – Acção Católica Rural) – 2004-2005, e do guião de
animadores Sonhar e desenhar um mundo
melhor (para animadores de grupos infantis da ACR – Acção Católica Rural) –
2005-2006.
É tradutor do livro Xavier
Basurko - Para viver o Domingo,
editado pela Gráfica de Coimbra, em 2001, e do livro A Família na Doutrina Social da Igreja, edição do Instituto
Superior de Ciências Religiosas de Aveiro.