E muitas curiosidades sobre esta cidade, palco de tantas paixões como conflitos. Impossível perceber o mundo de hoje sem compreender a história de Jerusalém. E Montefiore é o cicerone perfeito.
Sabia que os Nusseibehs e os Judehs, famílias que têm a responsabilidade de abrir as portas do Santo Sepulcro, ainda hoje, têm essa incumbência desde 1192, tempo do célebre Saladino?
Sabia que Churchill tinha proposto a Estaline que a Conferência que veio a ocorrer em Ialta se realizasse em Jerusalém?
Sabia que, no século XII, período em que Jerusalém esteve sob o controlo dos cruzados, os «peregrinos compravam alimentos e gelados na rua da Culinária de Má qualidade (Malcuisinat)? Ou que Suleimão, sultão otomano que tomou Jerusalém em 20 de Março de 1517, mandou construir umas muralhas em torno da cidade, as quais deixaram de fora o túmulo de David. Irritado, terá mandado matar os arquitectos? Ou, ainda, que, como era prática entre os povos do Livro, os documentos que deixavam de ser usados eram armazenados em guenizas (armazéns)? Na gueniza do Cairo, que não foi esvaziada durante cerca de 900 anos, foram encontrados, em 1864, mais de 100.000 documentos, fundamentais para a compreensão da vida e cultura dos judeus do Egipto.
Sabe o que aconteceu entre o ano 70 d. C., em que o imperador Tito destruiu a cidade, e 1948, em que se criou o Estado de Israel? A leitura desta obra completará o vazio que a história parece ter escondido.
Como compreender o conflito hoje existente no Médio Oriente, sem saber os efeitos do mandato britânico que controlou a cidade entre 1920 e 1936? Como compreender as amizades e inimizades de cada uma das potências mundiais de hoje desconhecendo o que ocorreu entre as duas guerras mundiais no que respeita à relação com esta cidade?
Um manancial de descobertas.
Uma obra que poderia merecer o título de «o Livro humano» que melhor fala da cidade do Livro.